As sombras do mal-Faelar

Todo o caminho até a Torre Liraz segura sua mão, as passarelas que usam são a via mais rápida até lá.
Estranhamente não toma o caminho da entrada, passando por entre duas seteiras, entram em um pequeno salão de treino.
Algumas pessoas já estavam esperando, rostos conhecidos, outros não.
Mas todos com o semblante preocupado, até mesmo o General de Cormanthor esperava sentado na beirada de uma bancada de armas.
Derien seguido de Oster, vão para perto dele, e uma conversa em sussurros começa, o General segura a bancada que está apoiado, seu rosto fica pálido, ele olha direto para você. O medo de em seu olhar lhe deixa preocupado.
Os outros presentes são:
Lord Marcus Sinclear, Comandate das patrulhas da fronteira.( Elfo)
Morgo Dun Carian, Chefe do clã de mineradores anões.( Anão)
William Dustin, chefe dos espiões da cidade.( Humano)
Alerie Águas Claras, membro do Conselho dos Nove.( Fada, Ondina )


Um grupo bem diferente, de pessoas unidas pelo perigo que assombra a Cidade da Canção.

O General espera que todos achem um local para ficar e fala:

-Reuni todos aqui, porque temos uma grande ameaça pairando por sobre nossas cabeças, algo que o Conselho de Governantes tenta esconder, algo que pode vir a ser nossa ruína, um mal que acordou e tem seus olhos voltados para nossa terra, ele já começou a agira, meus informantes trouxeram noticias alarmantes de uma crescente sombra se formando nas imediações de nossas fronteiras, algumas vilas distantes e alguns locais selvagens já foram vitimas dessa sombras, não temos noticias de outras localidades perto daqui, temo que foram perdidas para o inimigo.
Por conta dessa ameaça e da passividade do conselho, os reuni aqui hoje, para que me ajudem a investigar melhor esse caso, e quem melhor que vocês para isso.

Seu olhar varre ao recinto, parando em cada um dos presentes ali, analizando e pesando sua lealdade para com a cidade, se demora um pouco mais em você e Liraz.

Analiso o olhar de todos quando o general passa seu olhar e então espero alguns instantes para ver se alguém iria se pronunciar e digo: - General. Fui acolhido por esta cidade num momento extremamente triste e vocês confiaram em minhas habilidades, na qual me deram a oportunidade de ingressar nessa fabulosa companhia e que me deu uma enorme felicidade e motivos para alegrar minha vida que foi encontrar Liraz nas colinas da Adaga.

Para alguns instantes e retomo: - Acabei desobedecendo ordens de não sair da companhia, mas não estávamos mais aguentando ficar sem ver o sol e senti-lo e foi por este motivo que consegui as informações que Derien lhe repassou. Eu e Liraz defenderemos a Myth Drannor com todas as nossas forças, pois amamos viver nessa maravilhosa cidade.

O General sorri ao ouvir suas palavras, chegando perto de você, coloca a mão em seu ombro:

-Valorosas palavras meu jovem, sua coragem e dedicação serão bem vindas nessa empreitada, sua fama já é conhecida por todos aqui.
O nome que me trouxe é um nome maldito, esquecido desde o tempo que os Deuses eram jovens, e essas terras cobertas de verde.
Temo que ele esteja próximo de se reerguer e atormentar nosso povo.
Ele que um Solar o primeiro servo na hierarquia de Corellon, foi ele que o traiu e ficou ao lado da Rainha Aranha, quando ela perdeu a guerra e o abandonou, jogado no inferno pela sua traição, nem os senhores de lá o aceitaram, banido dos salões celestiais e infernais, ficou preso no limbo, onde nutre rancor por todos os que respiram, foi profetizado que quando seu nome fosse ouvido nas terras dos elfos, o fim estaria próximo.
E você é o terceiro que diz ter ouvido...

Olhando para os demais presentes:

-Temos que reunir todas as informações possíveis, ou nossa terra está condenada, vou mandar cada um de vocês para um local, onde devem pesquisar e aprender.
E Näilo, pegue sua Dragoa e vá até as margens onde encontrou a mulher-demônio, lá deve ter algumas respostas, leve com você alguns cavaleiros, cuidado nunca é demais.

- Sim senhor! Entretanto quantos cavaleiros devo levar e quais são os indicados para esta missão?

Aguardo a resposta do general. Então olho para Liraz e digo: - Vamos Liraz chamar nossos irmãos para partirmos e pesquisar o local atrás de informações.]

Voltando para o pátio da companhia para recrutar meus companheiros e seguirmos ao local da mulher-demônio.

-Quantos conseguir para sua causa, pois essa é uma missão oficial, nenhuma ordem vai sair daqui, só podemos contar com nossos amigos e com aqueles que desejam salvar a cidade, lembre-se Näilo, se o Conselho souber disso, temo por nossas cabeças.
Temos que lidar com o desconhecido e nos esquivar dos conhecidos.
Vá meu valoroso cavaleiro, procure entre os menos favorecidos, sempre há ajuda ali.

Ele se volta para os outros membros, planos teriam que ser traçados.

Liraz, resmunga ao seu lado:

-Belas palavras vazias, onde vamos arrumar alguém que possamos levar até aquele lugar fétido sem levantar suspeitas dos outros lideres...odeio quem fala com sabedoria...Acho que devemos ira atrás do Pratão, ele sempre sabe onde achar pessoas discretas, mas vamos preparar a bolsa, esses sempre custam caro.
Sei onde conseguir algumas peças de ouro, mas acho que você não vai gostar muito.

Ela dá "aquela" olhada, aquela que sempre antecede as encrencas que apronta.

Já no patio, vê uma estranha movimentação, armas sendo levadas e um homem acorrentado, o que lhe deixa espantado é que a figura não ninguém menos que o chefe do Xerifes (Como são chamados os lideres da Patrulha da Fronteira).
O olhar que ele lhe dá, faz arrepios correr por sua espinha.


Nota: Pratão é o nome do dragão ancião de prata, ele "adotou" Liraz como sua aprendiz, um notório membro da companhia.

Olho para o prisioneiro e penso comigo. "Porque o chefe dos xerifes esta sendo preso. Há algo estranho nisso."

- Está certa. Vamos procura-lo e arrumar a bolsinha de moedas.

A volta para a sede da Companhia é tranquila, Liraz fala ininterruptamente como de costume, coisas sobre onde conseguir as moedas extras:
-Eu sei que não vai gostar, mas as arenas de combate rende um bom dinheiro, e não são tão ilegais assim, bom se levar bem a lei a sério, são, mas como estamos em uma missão extra-oficial, podemos nos dar o luxo.
E não faz essa cara, sim eu as vezes vou até lá, sabe a vida no quartel é chata demais...

Sorrindo pelo canto da boca, acompanha seus passos.

Ao chegar na sede, vão direto falar com o Pratão, que está em sua forma dragonica, deitado entre as árvores.
Por mais que tenha o visto em batalha, seu tamanho ainda lhe causa admiração.
Sem abrir os olhos ele fala:

-Sinto cheiro de encrenca, Liraz o que vai aprontar dessa vez, e o que o senhor Näilo tem a ver com suas traquinagens(P)