Introdução.

Há muitos séculos, mais do que mesmo os mais eruditos dos elfos consegue se lembrar, houve uma guerra. Um semi-plano maligno criado por um poderoso mago tentou invadir as terras de Faerûn para causar caos e destruição, mas as forças de diversos seres celestes, elfos, humanos e anões se uniram para fazer-lhe combate. As hostes demoníacas de Mu-Tahn Laa, o senhor dos demônios, era vil e poderosa, mas graças à previdência de Thermeskor, o Sábio Anão, atormentado em seus pesadelos por sonho da montanha negra sangrando sobre Faerûn, as forças do bem conseguiram se mobilizar, e o inevitável combate se encerrou com a morte de Mu-Tahn Laa e a destruição do Monte dos Obeliscos. Os mortais voltaram a suas vidas cotidianas e os seres celestiais se dedicaram a caçar e eliminar os fragmentos do Monte dos Obeliscos que vagavam pelo Caos Elemental entre os planos. O sono dos séculos se abateu sobre a história, e Faerûn esqueceu-se da maior guerra dicotômica que já cruzou suas fronteiras de existência.

Passaram-se os séculos dos séculos, e sob o sigilo de Rashemen a Era das Perturbações cobrou sua taxa, criando as zonas de magia morta. Esses locais onde a teia arcana foi rompida permaneceriam assim por anos, não fosse o auxílio de um drow que, contra todos os preconceitos que sua raça sofria, ergueu-se para auxiliar o povo da terra entre os montes. Liriel Baenre utilizou o poder do Convocador dos Ventos para reunir os fragmentos da trama e tornar novamente vivas as zonas de magia morta.

Sem que ele soubesse, entretanto, os poderes do amuleto reuniram também fragmentos de uma coisa mais maligna. Pouco mais de quatro séculos depois da Libertação dos Espíritos realizada por Baenre, um obelisco negro surge em meio ao terreno selvagem de Rashemen. Um obelisco negro e misterioso, que ia se passar por apenas mais um mistério mágico e espiritual, não fosse a aparição de uma misteriosa figura que pronunciou os nomes antigos. Nomes só escritos nos mais detalhados e precisos livros de história... Nomes como Mu-Tahn Laa...