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Morë Olori - Prelúdio

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Mensagem  Laurelin Shaktar Elerrina Sáb Jun 14, 2014 6:29 pm

Costumava olhar as estrelas dançando no firmamento, desenhando passos livres no céu, fazendo-me sonhar a liberdade de ir aonde meus sonhos me levassem...
Eu costumava crer que vagalumes eram estrelas e que eu poderia ser livre e dançar...

Ainda a lembrança que me traz minha mãe , minha família de volta é a daquela bela drow bailando com seu vestido púrpura pela sala, magnífica parecendo levitar, olhando-me profundamente lendo minha alma, lendo meus desejos e meu... ódio.

Ver minha família a todo instante humilhada, escarnecida tornava-se insuportável, estava transformando-me neles, tamanha a aproximação com o oposto...

Ela continuava a dançar, tentando esconder as lágrimas de sua face, mas de mim nada passava, meu pai conservava a postura, a nobreza da família Olorï, mas percebia que era questão de tempo fenecermos ali, a pequena em seu colo ainda sorria, ingênua, pura, livre do ódio que meu coração nutria pelo meu próprio povo !

A noite era úmida, as trevas cantavam pelas paredes pétreas, e parecia-me que passos leves, de vários pés...não de várias patas nos seguiam.
Os lagartos já não deram conta, conseguimos subir a superfície com muita dificuldade e astúcia de meus pais, e sozinhos, para o Passeio a pé seguimos sob a benção da Lua pela densa floresta, mas por pouco tempo sós...

A zombaria, os gritos eufóricos a maldade incrustada na alma era o cenário daquela peça de horror encenada ali, vi a pequena ser rançada do corpo de minha mãe, juntamente com a vida dela, enquanto meu pai fugia comigo, não havia mais força, não havia mais como enfrentá-los, por que tantos ¿¿¿ O que havia de tão importante para nos seguirem assim ¿
- Não saia daqui ate o alvorecer, não saia ! Às sete um dia irá ... um dia . E você trará a pequena de volta.
Empurrou-me para dentro de um toco vazio e ali fiquei a tremer, enquanto passavam as sombras mais profundas que a própria noite, e somente despertei de meu transe quando um focinho soltou seu ar sobre minha face, fazendo-me encolher-me mais ainda, mas como um animal acuado, arisco, gritava, ameaçava e pulei para fora tentando atacar o animal, entregar-me ao fim ...

Anos passaram, os deuses deram-me vida nova, mas o mesmo sonho:
Começa como minha infância, as estrelas vagando nas asas de vagalumes, guiando-me até uma caverna preenchida por um lago alimentado pelo luar, por uma entrada mais que sobrenatural em sua estrutura para o infinito lá em cima... Sob o lago uma mulher, aquela mulher que me fazia sorrir na infância, meu coração aliviava-se todo meu ódio fenecia naqueles instantes, eu corria e mergulhava no lago tentando alçar aquela figura, quando mais chegava mais longe estava, e quanto mais nadava, menos se parecia com minha mãe, mas mais intensa era a vontade de estar perto daquela beleza agora não tão reconfortante, mas selvagem, mágica e sedutora.
E ela cantava:
“ Sete estrelas brilhantes no céu observo.
Sete, para aquelas que vigiam de perto.
Sete, os sorrisos que abaixo remetem
Sete, os problemas que, céleres, consertem.

Passeie em mim meu menino, venha dançar e ser mais que uma criança...
Há mais a ti, abra teus olhos... Muito mais para ti,
A tempestade de teu coração será a tua maior força. “

Folha-Invisível me abraçou, Rourgt me lambeu, Audit piou e me disse:
- Vá passear, o mundo é teu.
Laurelin Shaktar Elerrina
Laurelin Shaktar Elerrina

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